Efraim Filho defende agricultores
A renegociação destinada aos produtores
rurais que tinham débitos com os Bancos do Brasil e do Nordeste não
avançou. Esta foi a conclusão que chegou o deputado Efraim Filho
(DEM/PB) ao participar da audiência pública, na Comissão de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos
Deputados. “Apesar das condições para os agricultores reaverem o crédito
agrícola, a procura está inferior à expectativa dos bancos porque as
medidas adotadas pelo governo não são suficientes. Não há previsão de
arrecadação com produção rural. Não adianta renegociar o que já foi
renegociado, tem que ter políticas públicas diferenciadas”. Declarou.Na avaliação de Efraim Filho a previsão é que o período de seca este ano será rigoroso e por isso a quebra na safra será grande deixando os agricultores sem recursos para saudar suas dívidas.
Apenas 30% dos agricultores do semiárido procuraram bancos para renegociar dívidas e na audiência pública da Comissão de Agricultura, o secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Pinto Rabelo chamou a atenção para que, aqueles que estão em situação de inadimplência, não percam o prazo que termina em 30 de junho de 2014.
O presidente da Federação da Agricultura da Paraíba, Mário Antônio Pereira Borba, disse que apesar de a lei suspender até 31/12/2014 as dívidas daqueles que estão inscritos na dívida ativa da União, o Banco do Brasil continua executando-as. “Em Alagoas, por exemplo, um produtor foi executado, não teve acesso à lei e sua propriedade foi a leilão”. Ele explicou que 476 municípios do Nordeste estão fora da renegociação porque os prefeitos não chegaram a declarar estado de emergência.
Ainda de acordo com o presidente da entidade, o Nordeste precisa de uma política de crédito que seja perene e não circunstanciada e temporária. “Em 20 anos, são mais de 30 medidas provisórias, mais de 20 projetos de lei, e até hoje não resolveram o problema do semiárido. É preciso ter uma política agrícola diferenciada para o semiárido. Hoje o Pronaf do Rio Grande do Sul é o mesmo do Nordeste”, afirmou Borba. Até agora foram 621 mil operações de renegociações, equivalente a R$ 4 bilhões
Fonte: diariodosertao.com.br
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