De
acordo com os meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas
(Aesa), os maiores índices pluviométricos dessas regiões são
anotados em março e abril. Além disso, os modelos meteorológicos
analisados pelos servidores indicam pluviosidade dentro da média
histórica.
Segundo a meteorologista da Aesa, Carmem Becker, apesar dos índices
pluviométricos ficarem dentro da normalidade neste período, as chuvas
devem ocorrer de forma irregular. “Os prognósticos para o Sertão e Alto
Sertão do Estado apontam para a ocorrência de chuvas isoladas e
distribuídas de forma desigual. Então, é natural que sejam registradas
ocorrências mais fortes em uma cidade e apenas uma garoa nos municípios
vizinhos”, explicou.
A previsão já havia sido anunciada pela Aesa, em dezembro do ano
passado, durante a II Reunião Climática organizada pelo Governo do
Estado. O evento contou com especialistas em clima e tempo de todo o
Nordeste. “Já tínhamos relatado que, gradativamente, as condições
climáticas iriam se tornar favoráveis. Reafirmamos esta análise
meteorológica no último encontro realizado nos dias 20 e 21 de
fevereiro, no Rio Grande do Norte”, lembrou o meteorologista Alexandre
Magno.
Em fevereiro, o setor de Monitoramento e Hidrometria da Aesa registrou
chuvas significativas em várias cidades. Entre os municípios com maiores
índices pluviométricos acumulados ao longo do mês passado estão: Mato
Grosso (247 mm); São João do Rio do Peixe (229 mm), Antenor Navarro (229
mm), Bom Jesus (219 mm), Mari (209 mm) e Jericó (200 mm), Salgado de
São Félix (192 mm) e Nova Floresta, (178 mm).
Diante dos números e da previsão, o presidente da Aesa, João Vicente
Machado, disse estar esperançoso em relação à recarga dos principais
mananciais paraibanos. “Acreditamos que este período chuvoso vai ser bem
melhor do que os dos anos de 2012 e 2013, quando tivemos chuvas abaixo
da média. É possível que não possamos recompor toda a carga dos
reservatórios, mas pelo menos parte significativa destes volumes”,
comentou.
João Vicente destacou ainda que o Governo do Estado trabalha para que os
paraibanos possam passar pelas próximas secas com menos dificuldade.
“Temos a construção do Canal Acauã-Araçagi, que é a maior obra hídrica
da Paraíba e vai beneficiar cerca de 600 mil paraibanos. Também estão
sendo feitos poços, barragens subterrâneas e ações com objetivo de
auxiliar a preservação dos rebanhos. Além disso, estamos acompanhando,
junto ao Governo Federal, o andamento das obras para a transposição do
rio São Francisco”, elencou.
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