quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Após detonar gestão Cássio, Ricardo justifica aliança em 2010: “Posso me aliar sim para defender o projeto que represento, não interessa com quem”

Após detonar gestão Cássio, Ricardo justifica aliança em 2010: “Posso me aliar sim para defender o projeto que represento, não interessa com quem”
Diante das constantes críticas desferidas contra os sete anos da gestão tucana na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi provocado a responder a pergunta feita pelo próprio Cássio Cunha Lima, que questiona o porquê de ter se aliado a ele, em 2010, já que propaga que a administração naquele período foi desastrosa?

Na resposta, o governador disse que não sabia de algumas das denúncias contra o senador tucano e citou inclusive o supersalário como exemplo.

O socialista também justificou a aliança com Cássio como forma de poder defender o projeto que representa e se para isso foi necessário a aliança, ela foi feita.

“Eu tenho autonomia suficiente, desde a prefeitura, agora no Governo do Estado, para defender o projeto que eu represento e para colocar esse projeto em curso, para fazer o bem, eu posso me aliar sim, não interessa a quem", avisou.

A pergunta foi feita pela editora da Rádio CBN João Pessoa, Verônica Guerra, da seguinte forma:

Governador, hoje o seu principal adversário de campanha é o candidato Cássio Cunha Lima. Quemassiste ao guia eleitoral vê uma troca de farpas entre vocês e vê denúncias também e aí eu lhe pergunto - Se o senhor já sabia de tudo que denuncia nesta campanha porque aceitou o apoio de Cássio há quatro anos?

A resposta de Ricardo foi à seguinte: “Eu não sabia”, disse.

E continuou: “Primeiro que eu não sabia, evidentemente, de tudo que eu por ventura tenha denunciado, eu não sabia”.

A resposta de Ricardo Coutinho foi contestada pela jornalista, que rebateu:  “Mas governador, foramações na época que Cássio era governador, antes de 2010”.

Ricardo então prosseguiu: “Eu não sabia dos salários de marajá, eu não sabia disso, eu não sabia eu ele ganhava R$ 52 mil, até mesmo porque ele passou a ganhar essa quantia em janeiro e antes que alguém possa assim pensar “por que você pagou” eu respondo que o Estado não pode simplesmente rejeitar o pedido de uma aposentadoria, o Estado não tem como fazer isso, quem tem que fazer isso é os Tribunais de Contas do Estado e da União, esses são os dois órgãos que precisam tomar uma medida, e Cássio, automaticamente levou a questão para o campo familiar, colocando inclusive a ex-mulher dele em xeque, coisa que eu jamais falei e nem falaria, porque na verdade quem está recebendo é ele, para onde ele manda é problema dele, a responsabilidade é dele, ele é quem tem que prestar contas e devolver o dinheiro à população, até porque não se pode ganhar R$ 52 mil por mês, quando o teto é de R$ 29 mil. Essa é uma questão que é bastante clara”, pontuou.

O governador ainda disse que para defender o projeto que representa se aliará, não interessa a quem, porque tem autonomia para tomar tais decisões.

“Eu tenho autonomia suficiente, desde a prefeitura, agora no Governo do Estado para defender o projeto que eu represento e para colocar esse projeto em curso, para fazer o bem, eu posso me aliar sim, não interessa a quem e quando eu fui convidado, quando eu fui chamado por Cássio para que fizéssemos uma composição, para que ele me apoiasse, não houve nenhum programa de Governo conjunto, eu fui quem apresentei o programa, quando eu fui chamado por ele – diferentemente do que ele diz que eu que fui atrás – porque eu busco unificar a Paraíba não na base do discurso, mas na base do trabalho. As coisas que são erradas são erradas, não cabe a mim justificar como sendo aliado ou deixar de ser aliado”, falou.

Ricardo disse que em vez do questionamento ser o porquê da dupla ter se aliado, deveria ser o porquê de Cássio ter rompido a aliança.

“Talvez a observação mais importante é saber por que ele rompeu e eu vou dizer porque ele rompeu. Ele rompeu porque eu não sou marionete. Ele rompeu porque eu não fiz aquilo que eles queriam que eu fizesse. Eles romperam sem dizer porque estavam rompendo, porque talvez o histórico todo que inclui Cozete Barbosa, Felix Araujo Filho e até Ulysses Guimaraes onde se traia na ultima hora, achou que funcionaria agora e simplesmente no ultimo minuto foi embora porque acha que o poder é objeto apenas da ambição pessoa, da ambição oligárquica, do seu grupo ao redor que parasitaram a Paraíba, essa é a verdade. Eles governam a Paraíba para atividade meio, eu governo a Paraíba para a atividade fim”, declarou.

A entrevista de Ricardo foi concedida ao programa CBN João Pessoa. O socialista foi o terceiro entrevistado da rodada de entrevistas da emissora.




Márcia Dias

PB Agora

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