domingo, 28 de setembro de 2014

"Tenho que construir meu próprio caminho"

Depois de emocionar a plateia ao discursar em comício do candidato do PSB ao governo de Pernambuco, o filho mais velho de Eduardo Campos, João Campos, diz em entrevista exclusiva à ISTOÉ que não quer ficar à sombra da imagem do pai.


O filho mais velho de Eduardo Campos, João Campos, 20 anos, saiu do luto e foi para as ruas. Na última semana, João emocionou dezenas de pessoas ao discursar no comício de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco. O ato político foi realizado nos municípios de Caetés e Garanhuns, terra de Lula – a 200 km do Recife. “Meu pai não deixou uma herança. Esta, quando dividida, pode se acabar. Deixou um legado que, quanto mais o dividirmos, mais crescerá”, afirmou. Assim como os outros dois filhos de Campos, Pedro, 18, e Maria Eduarda, 22, João virou uma espécie de celebridade nas caminhadas pelo interior do Estado. Por onde passa, é cumprimentado e recebido com efusivos abraços. Não raro, se ouvem choros e relatos emocionados.
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NO PALANQUE
Discurso de João Campos levou militantes do PSB às lágrimas
 
O mesmo ocorre com a mãe, Renata, viúva do ex-governador, morto em acidente aéreo em agosto. Ela estreou na propaganda de TV de Paulo Câmara na segunda-feira 22. No dia seguinte, em outro ato de campanha, os filhos de Campos foram abordados e cercados por estudantes, que pediram autógrafos nos uniformes. A participação da família na campanha em Pernambuco fez com que Câmara, antes posicionado num distante segundo lugar, tomasse a dianteira na corrida eleitoral. Hoje, ele figura à frente de Armando Monteiro. Segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira 23, o candidato do PSB tem 39%, contra 35% do senador do PTB.
João, no entanto, faz questão de rechaçar o papel de herdeiro. Embora seja o filho mais ligado à política, ele – que é filiado ao PSB – disse em entrevista à ISTOÉ que sua prioridade agora é concluir o curso de engenharia civil na Universidade Federal de Pernambuco. Campanha, garante ele, só durante a noite para não afetar os estudos. Depois que terminar a faculdade, avaliará uma possível candidatura. Caso enverede mesmo pela política, João deseja ter luz própria. “Preciso de uma formação. Quero estudar para que, lá na frente, se for o caso, eu possa construir o meu caminho e não conseguir algo por ser filho de alguém. Tenho que construir o meu próprio caminho”, disse.
ISTOÉ – No comício do candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, você disse que não vai desistir da luta e do legado de seu pai. O que você quer dizer quando afirma isso?
João Campos –
 Meu pai dedicava sua vida a duas coisas: à família e à política. Ele sempre lutou pelo povo. É continuar a luta dele em favor do povo. Ele estava muito triste porque o governo federal se distanciou do povo. No governo dele, ele sempre buscou governar junto com o povo. Ele sempre buscava trazer o povo para dentro do governo. Sempre buscou ouvir o povo.
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LUZ PRÓPRIA
João Campos: "Não quero conseguir algo por ser filho de alguém"
ISTOÉ –Você é apontado como o herdeiro político em Pernambuco. Pretende se tornar político e se candidatar a algum cargo?
João – 
Não penso nisso agora. Antes de ele partir, ele deixou claro o desejo de trazer de volta valores que deixaram de existir. Graças a Deus ele teve a chance de expressar o seu desejo. Não sou eu, mas todos nós vamos dar essa continuidade. Ele deixou o sonho dele pela metade. Há um desejo de continuidade, de seguir.
ISTOÉ – Mas e mais para a frente? Não pensa em se candidatar?
João – 
Minha prioridade são meus estudos. Faço engenheiria civil na Universidade Federal de Pernambuco. Entrei com 17 anos, estou no tempo certo de estudo. Só participo da campanha no período da noite para não prejudicar os meus estudos. Eu sei que o Paulo Câmara vai continuar esse legado do meu pai em Pernambuco. Eu preciso de uma formação, estudar, para que, lá na frente, se for o caso, eu possa construir o meu caminho e não conseguir algo por ser filho de alguém. Eu tenho que construir o meu próprio caminho.
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ISTOÉ – Quando você se forma?
João – 
No meio de 2016.
ISTOÉ – Você sempre acompanhou seu pai em atividades de campanha?
João – 
Sempre o segui, desde muito jovem. Sempre que o povo de Pernambuco precisar vai poder contar comigo e com a minha família. Na campanha de 2002, quando ele se candidatou a deputado federal, eu participei ativamente. Naquele ano eu tinha apenas 9 anos de idade.
ISTOÉ – O PSB ou outros partidos já lhe procuraram para falar sobre uma possível candidatura?
João – 
Sou militante do PSB, sou filiado ao partido, e não faço isso com pretensão política. Eu devo isso ao meu pai. Devo comunicar ao povo de que ele tanto gostava quais eram os seus sonhos e planos. Assim como qualquer jovem militante, eu tenho que dar o meu testemunho. Estou aqui para falar dos sonhos do meu pai, para que a luta dele não se acabe.
Fotos: Rapha Oliveira/ESP DP/D.A Press; Chico Peixoto/LeiaJáImagens
istoé

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Após detonar gestão Cássio, Ricardo justifica aliança em 2010: “Posso me aliar sim para defender o projeto que represento, não interessa com quem”

Após detonar gestão Cássio, Ricardo justifica aliança em 2010: “Posso me aliar sim para defender o projeto que represento, não interessa com quem”
Diante das constantes críticas desferidas contra os sete anos da gestão tucana na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi provocado a responder a pergunta feita pelo próprio Cássio Cunha Lima, que questiona o porquê de ter se aliado a ele, em 2010, já que propaga que a administração naquele período foi desastrosa?

Na resposta, o governador disse que não sabia de algumas das denúncias contra o senador tucano e citou inclusive o supersalário como exemplo.

O socialista também justificou a aliança com Cássio como forma de poder defender o projeto que representa e se para isso foi necessário a aliança, ela foi feita.

“Eu tenho autonomia suficiente, desde a prefeitura, agora no Governo do Estado, para defender o projeto que eu represento e para colocar esse projeto em curso, para fazer o bem, eu posso me aliar sim, não interessa a quem", avisou.

A pergunta foi feita pela editora da Rádio CBN João Pessoa, Verônica Guerra, da seguinte forma:

Governador, hoje o seu principal adversário de campanha é o candidato Cássio Cunha Lima. Quemassiste ao guia eleitoral vê uma troca de farpas entre vocês e vê denúncias também e aí eu lhe pergunto - Se o senhor já sabia de tudo que denuncia nesta campanha porque aceitou o apoio de Cássio há quatro anos?

A resposta de Ricardo foi à seguinte: “Eu não sabia”, disse.

E continuou: “Primeiro que eu não sabia, evidentemente, de tudo que eu por ventura tenha denunciado, eu não sabia”.

A resposta de Ricardo Coutinho foi contestada pela jornalista, que rebateu:  “Mas governador, foramações na época que Cássio era governador, antes de 2010”.

Ricardo então prosseguiu: “Eu não sabia dos salários de marajá, eu não sabia disso, eu não sabia eu ele ganhava R$ 52 mil, até mesmo porque ele passou a ganhar essa quantia em janeiro e antes que alguém possa assim pensar “por que você pagou” eu respondo que o Estado não pode simplesmente rejeitar o pedido de uma aposentadoria, o Estado não tem como fazer isso, quem tem que fazer isso é os Tribunais de Contas do Estado e da União, esses são os dois órgãos que precisam tomar uma medida, e Cássio, automaticamente levou a questão para o campo familiar, colocando inclusive a ex-mulher dele em xeque, coisa que eu jamais falei e nem falaria, porque na verdade quem está recebendo é ele, para onde ele manda é problema dele, a responsabilidade é dele, ele é quem tem que prestar contas e devolver o dinheiro à população, até porque não se pode ganhar R$ 52 mil por mês, quando o teto é de R$ 29 mil. Essa é uma questão que é bastante clara”, pontuou.

O governador ainda disse que para defender o projeto que representa se aliará, não interessa a quem, porque tem autonomia para tomar tais decisões.

“Eu tenho autonomia suficiente, desde a prefeitura, agora no Governo do Estado para defender o projeto que eu represento e para colocar esse projeto em curso, para fazer o bem, eu posso me aliar sim, não interessa a quem e quando eu fui convidado, quando eu fui chamado por Cássio para que fizéssemos uma composição, para que ele me apoiasse, não houve nenhum programa de Governo conjunto, eu fui quem apresentei o programa, quando eu fui chamado por ele – diferentemente do que ele diz que eu que fui atrás – porque eu busco unificar a Paraíba não na base do discurso, mas na base do trabalho. As coisas que são erradas são erradas, não cabe a mim justificar como sendo aliado ou deixar de ser aliado”, falou.

Ricardo disse que em vez do questionamento ser o porquê da dupla ter se aliado, deveria ser o porquê de Cássio ter rompido a aliança.

“Talvez a observação mais importante é saber por que ele rompeu e eu vou dizer porque ele rompeu. Ele rompeu porque eu não sou marionete. Ele rompeu porque eu não fiz aquilo que eles queriam que eu fizesse. Eles romperam sem dizer porque estavam rompendo, porque talvez o histórico todo que inclui Cozete Barbosa, Felix Araujo Filho e até Ulysses Guimaraes onde se traia na ultima hora, achou que funcionaria agora e simplesmente no ultimo minuto foi embora porque acha que o poder é objeto apenas da ambição pessoa, da ambição oligárquica, do seu grupo ao redor que parasitaram a Paraíba, essa é a verdade. Eles governam a Paraíba para atividade meio, eu governo a Paraíba para a atividade fim”, declarou.

A entrevista de Ricardo foi concedida ao programa CBN João Pessoa. O socialista foi o terceiro entrevistado da rodada de entrevistas da emissora.




Márcia Dias

PB Agora

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Relator pede pauta e TSE marca para esta quinta-feira julgamento de processo de Cássio Cunha Lima

Relator pede pauta e TSE marca para esta quinta-feira  julgamento de processo de Cássio Cunha Lima
 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar na sessão de hoje oprocesso que trata do pedido de registro da candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao governo do Estado. O processo foi liberado para julgamento na tarde de ontem pelo gabinete do ministro Gilmar Mendes.

A candidatura do tucano foi questionada pela coligação "A Força do Trabalho", encabeçada pelo governador Ricardo Coutinho, que sustenta atese de que ele não teria cumprido a pena de 8 anos de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa. Também houve pedido de impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral e da candidata Maria da Luz Silva. O processo foi julgado no dia 4 de agosto pelo Tribunal Regional Eleitoral, que por cinco votos a um, julgou improcedente as impugnações e deferiu o registro do candidato.

O advogado Harrison Targino, que representa a parte do senador Cássio, já está em Brasília para acompanhar o julgamento. Ele espera que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) seja mantida pelo TSE. “A expectativa é que seja confirmada a decisão do TRE que manteve a elegibilidade de Cássio na esteirado parecer do procurador-geral eleitoral”.

Ontem à tarde relator da ação que pede o indeferimento do registro de candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao governo do Estado, ministro Gilmar Mendes, liberou o processo para votação. Com isso, o presidente do TSE, ministro Dias Toffolli, já confirmou que o processo deve entrar na pauta da sessão desta quinta-feita, 11.

O parecer da Procuradoria Geral Eleitoral é contra o recurso do MP local, ou seja, pela elegibilidade do senador Cássio Cunha Lima e consequentemente pelo deferimento do seu registro. 

PBAgora

Guia do PSB torna podre “amadurecimento” de Cássio ao exibir nota de “O Porcão”

O guia eleitoral do candidato Ricardo Coutinho (PSB) deixou hoje de lado a elegante mesmice plástica com a qual vinha se arrastando, sempre na defensiva, e passou ao ataque fulminante para desconstruir de vez a falsa imagem de bom moço e sem defeitos que o seu principal oponente, Cássio Cunha Lima (PSDB), tem passado até aqui de forma positiva para o eleitorado paraibano.
Nas campanhas anteriores Cássio utilizou pelo menos dois especiais - embora no seu caso mentirosos - bordões: “peço com humildade” e “trabalhar para quem mais precisa”. Sempre, em cada evento, fechando com dois carimbos que ainda não abandonou: “Paz e Bem” e “Beijo para quem for beijo; abraço para quem for abraço”.
Alertado de que Ricardo Coutinho não era nenhuma Cozete Barbosa ou um Roberto Paulino qualquer, dois dos que conseguiu tripudiar com frases de efeito sem que à altura respostas fossem dadas, o senador tucano introduziu este ano dois novos elementos para sensibilizar o eleitor e manter-se na ofensiva: “vou fazer um governo técnico” e “estou mais maduro”.
Para desmantelar a primeira promessa Ricardo Coutinho não teve maiores problemas e já denunciou o loteamento prévio do futuro Governo que Cássio sonha possa vir a estar em suas mãos a partir de janeiro de 2015. Com fortes elementos probatórios o governador mostrou que várias secretarias e cargos de segundo escalão o candidato tucano já colocou em barganha por votos.
E hoje consegue apodrecer o tal “amadurecimento” pregado pelo senador ao trazer para o rádio e para a TV o vergonhoso flagrante em Brasília da churrascaria 'O Porcão', onde Cássio, com as mesmas práticas verdes, infantis e criminosas do passado não muito distante, pagou um regabofe para amigos com dinheiro do Senado Federal.
ENTENDA O CASO
Ano passado, mimando amigos paraibanos que foram a Brasília para uma sessão especial do Senado em homenagem póstuma a Ronaldo Cunha Lima, seu pai, Cássio aproveitou para se confraternizar com a turma toda no mais caro restaurante do Distrito Federal - a Churrascaria 'O Porcão'.
Nada de mais se a conta do ágape fosse paga pelo bolso do senador e não pelo do sofrido contribuinte brasileiro.
Cássio Cunha Lima espetou na conta do Senado nada mais nada menos que uma nota de R$ 7.567,60, ou seja, mais de dez salários mínimos. Foi um escândalo nacional, envergonhando a Paraíba e mostrando que o jovem senador continua ainda mais verde do que outrora.
Toda a grande imprensa repercutiu a proeza. O jornal ‘O Estado de São Paulo’, por exemplo, reproduziu em sua matéria um fac-simile da nota fiscal 221515, do “O Porcão” de Brasília, o preferido dos políticos que não se importam com o valor da conta, emitida em nome do senador Cássio Cunha Lima, e adendou com uma informação que os paraibanos conhecem  muito bem: “O senador paraibano foi cassado pelo TSE quando era governador do Estado pela prática de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006”.
Na parte de “discriminação das mercadorias” da nota encontra-se uma singela informação: “Refeições”. Não diz nem quantas foram servidas porque isso, certamente, não interessa a ninguém, avaliou o jornal paulista.
Pois ato publicado pelo Senado em 2010 determina que, para receber o ressarcimento dos gastos pessoais, os parlamentares devem apresentar “nota fiscal, datada, e com a completa descriminação da despesa”.
O jornal assim relata o ocorrido: “A boca-livre com dinheiro público foi oferecida pelo senador após uma homenagem a seu pai, o ex-parlamentar e ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, que ficou famoso por ter disparado três tiros contra o seu antecessor Tarcísio Burity, em um restaurante de João Pessoa, sem nunca ter sido condenado, como relatam os repórteres Bernardo Caram e Andreza Matais”.
Na época, a assessoria do senador Cunha Lima informou ao jornal apenas que o jantar contou com a presença de “autoridades e parlamentares”. E o gabinete informou ainda aos repórteres que “o senador é extremamente criterioso com os gastos”.
O jornal fecha a matéria ironicamente: “Podemos imaginar o que seria se assim não fosse…"

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Bastidores: candidato ao Governo da Paraíba tira carta da manga e põe de uma só vez Cássio e Vital em saia justa

Bastidores: candidato ao Governo da Paraíba tira carta da manga e põe de uma só vez Cássio e Vital em saia justa
O debate de ontem, quarta-feira (03), promovido pela Rádio Campina FM, com os candidatos ao Governo da Paraíba registrou algumas cenasinusitadas.

Uma delas foi quando o candidato do PROS, major Fábio surpreendeu, ao tirar uma carta da manga, citando, segundo ele, a completa inoperância dos políticos de Campina Grande (Cássio e Vital) em relação à obtenção de recursos para a Rainha da Borborema.

Colocando um dedo na ferida dos adversários, major Fábio chamou aatenção para o fato de que Campina Grande não foi contemplada, desde 2012, com emendas de bancada ao Orçamento Geral da União - OGU, apesar de a cidade ter dois filhos seus como senadores da República.

“Isso me causa perplexidade, a cidade não ter sido beneficiada com um centavo sequer”, alfinetou o candidato que é deputado federal atualmente. A lembrança do Major foi ignorada pelos postulantes, que evitaram comentar o assunto.

As indagações e contestações de Major Fábio em território campinense visaram, principalmente, evitar a polarização do debate entre cassistas e ricardistas. Major Fabio ainda lamentou o “empurra empurra” das responsabilidades de um para outro e acusou os três partidos, PSB, PMDB e PSDB “de estarem no mesmo balaio”.

“Todos tem a mesma culpa quando falamos sobre os problemas na Paraíba , disparou o major , mesmo amargando pouco mais de 1% das intenções de votos dos paraibanos, de acordo com as últimas pesquisasdivulgadas no Estado.


Com informações de Henrique Lima

PB Agora 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Aécio pode renunciar no 1º turno para apoiar Marina, diz jornal

Aécio Neves (PSDB) está na terceira posição da disputa, segundo pesquisasAécio Neves (PSDB) está na terceira posição da disputa, segundo pesquisas
A eleição presidencial de 2014, até então diferenciada pela inédita disputa entre três grandes forças, pode voltar à antiga bipolaridade. Isso porque, segundo informações do jornal Valor Econômico, assessores ligados ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sondam a possibilidade de uma renúncia na candidatura tucana e consequente apoio à Marina Silva, do PSB.

Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, começou a disputa eleitoral como segunda força do pleito, atrás apenas da atual presidente Dilma Rousseff (PT). As semanas se passaram e a corrida foi tomando novos rumos. O PSB confirmou a candidatura de Marina Silva, no lugar do falecido Eduardo Campos, e a antiga vice da chapa ganhou força nas pesquisas.

De acordo com as opiniões ouvidas nas ruas, Marina recebeu votos dos indecisos e, principalmente, de Aécio. O tucano ficou para trás e viu a possibilidade de disputar o segundo turno cada vez mais remota. No debate da última segunda-feira (1º), Aécio Neves teve papel secundário, foi questionado menos que suas adversárias e acabou por consolidar uma posição de espectador na disputa.
O PSDB já se prepara para apoiar Marina Silva num possível segundo turno. A crescente da candidata do PSB aparenta não ter fôlego suficiente para vencer a petista já na primeira fase das eleições. No entanto, segundo matéria do Valor Econômico, surge a possibilidade de uma drástica mudança no cenário eleitoral.

Apesar de remota, alguns tucanos defendem que a derrota de Aécio Neves já é certa e, na tentativa de tirar o PT do poder, pessoas próximas ao candidato defenderiam sua renúncia antes mesmo do dia cinco de outubro, quando acontece o primeiro turno das eleições.

Na última pesquisa realizada, divulgada no dia 29 de agosto, Marina Silva aparece empatada com Dilma Rousseff, com 34% das intenções de voto. Aécio Neves tem o terceiro lugar consolidado, com 15%. A estratégia tucana, em um cenário sem Aécio, aposta que seu eleitorado migraria automaticamente para o lado de Marina, passando assim dos 50% de votos e vencendo já no primeiro turno.
yahoo.com

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ricardo Coutinho reage à saída de Mineral: “podem ir quantos quiserem”

Governador da Paraíba disse que não faz da política “balcão de negócios”


“Podem ir quantos quiserem”, reagiu, nesta segunda-feira (1), o governador Ricardo Coutinho (PSB) ao comentar a saída do deputado estadual Antônio Mineral (PSDB) do seu grupo político.

Mineral, que tinha declarado apoio ao socialista na época do racha do governador com o senador Cássio Cunha Lima, resolveu voltar ao ninho tucano neste final de semana.

Ricardo Coutinho avaliou que este ano a política está mais “promíscua que nunca” e demonstrou não se importar com a perda do apoio do parlamentar.

Segundo Ricardo, pouco interessa se ele  tem 8, 10, 12 ou 36, deputados na Assembleia Legislativa.

“O que interessa é o que estou fazendo pela Paraíba. Moralizando a política e acreditando cada vez mais na necessidade da política ser o grande instrumento de transformação da sociedade", disparou o chefe do Executivo Estadual.

Antes, Ricardo Coutinho disse que transformaram a política paraibana em um verdadeiro “balcão de negócios”.

“Eu não participo disso. Não faço o Estado participar disso”, garantiu.


MaisPB

Baiano que nasceu com a cabeça virada para trás dá palestras motivacionais

Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos
Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
Luísa Lucciola
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A anormalidade está nos olhos dos outros. Isso é uma convicção para Claudio Vieira de Oliveira, de 37 anos, que tem vasta experiência no assunto. O baiano de Monte Santo nasceu com uma anomalia física que quase arruinou sua vida, mas garante nunca ter sofrido preconceito ou discriminação. Um problema nas juntas, chamado artrogripose congênita, deixou seus braços e pernas deformados e sua cabeça virada para trás desde o nascimento, em 1976. Hoje, sua história de vida é a base para dar palestras motivacionais - em outubro, ele irá para os Estados Unidos contá-la em três cidades.
Seu primeiro desafio foi nascer. A cidade no interior do Bahia não tinha hospital e sua mãe não havia feito ultrassonografias durante a gravidez.
— Antes de eu nascer, ninguém sabia que eu ia ficar assim dessa forma. Eu nasci de parto normal, não foi num hospital, porque aqui não tinha. Foi com um médico, só que dentro de casa. Foi muito difícil — conta Claudio.
O baiano pode precisar de ajuda para se locomover
O baiano pode precisar de ajuda para se locomover Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
Sua anomalia impressionou os moradores de Monte Santo. Os médicos chegaram a aconselhar sua mãe, Maria José, a deixar de alimentá-lo para que morresse. Ela, contudo, conseguiu dar cabo de criar os seis filhos, sempre tratando Claudio da mesma forma que os demais.
— Eu já ouvi relatos de outras pessoas com necessidades especiais que viviam ou vivem diferentes das demais. Vivem num mundo fechado. A pessoa sente a discriminação, o preconceito. Eu fui diferente. Desde cedo fui motivado por muitas pessoas da minha família, principalmente minha mãe — lembra ele, que perdeu o pai com 1 ano de idade.
Educação
Claudio foi alfabetizado em casa, com uma professora particular. Maria José temia que ele não conseguisse se adaptar ao ambiente escolar. A iniciativa de começar a escrever pegando o lápis com a boca foi dele.
Claudio dá um autógrafo após uma palestra motivacional
Claudio dá um autógrafo após uma palestra motivacional Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
— Foi espontâneo, veio de mim. Eu deitei no chão com uma almofada, pus o lápis na boca e comecei a rabiscar sozinho. Hoje, consigo escrever normalmente. Com a boca — explica Claudio.
Ele chegou a estudar alguns anos em uma escola particular, pois sua mãe considerava a infraestrutura mais adequada, mas, diante das dificuldades financeiras, ele teve que largar a educação por um ano. Voltou a uma escola pública na 3ª série e ficou lá até concluir o ensino médio. Claudio ainda fez um curso técnico antes de mudar para Feira de Santana, onde cursou Contabilidade.
— Nessa época eu tive a ajuda de muitas pessoas. Consegui uma bolsa integral (da faculdade), consegui ajuda para o aluguel. Um vizinho foi me acompanhar e minha mãe me visitava a cada 15 dias para limpar a casa e preparar comida. Foi um esforço muito grande, mas tudo isso valeu a pena. Se fosse para fazer de novo, eu faria.
Acessibilidade
Claudio tenta tornar sua rotina o mais normal possível, mas costuma esbarrar nas dificuldades de acessibilidade. O baiano se deslocar para curtas distâncias de joelhos ou com um sapato especial, que vai da extremidade do joelho à ponta do pé. Para ir mais longe, ele precisa ser carregado por alguém.
— Eu já me acostumei. Às vezes, a gente imagina: ‘Será que estou incomodando?’. Mas nunca vi ninguém reclamar. Apesar disso, os anos vão passando e eu vou adquirindo peso. Com o passar do tempo, as pessoas não vão ter condições de me locomover. Infelizmente, eu não tenho transporte — lamenta.
Claudio com seu ídolo, Zico
Claudio com seu ídolo, Zico Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
Apesar das dificuldades, Claudio passa a entrevista inteira sem se referir a si mesmo como “deficiente”.
— Para ser sincero, eu nem percebo quem eu sou. Eu nunca percebi se eu sou uma pessoa portadora de necessidades especiais, deficiente, sei lá. Muita gente me pergunta qual o segredo para isso. Bom, para mim, o segredo é o próprio meio. Se o meio lhe olhar assim (como deficiente), é assim que você se vê. Eu tenho muita popularidade aqui na minha cidade, me comunico bem, nunca fico sozinho. Talvez o segredo seja esse, a compreensão de cada um — explica.
A vida de Claudio fez sucesso na imprensa internacional nesta segunda-feira. Portais como Daily Mirror, Daily Mail e Metro publicaram sua história de superação.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/baiano-que-nasceu-com-cabeca-virada-para-tras-da-palestras-motivacionais-13791934.html#ixzz3C6i5y1kp