Segundo dos cinco filhos de Eduardo Campos é estudante de engenharia na Federal de Pernambuco e militante do PSB
As campanhas políticas de Eduardo Campos mostraram, de
forma recorrente, registros fotográficos que o colocavam lado a lado com
sua versão mais jovem - e mais fiel. Os olhos claros e o sorriso largo
ainda estão lá, no rosto de João Henrique Campos, segundo de seus cinco
filhos com a economista Renata de Andrade Lima Campos.
Aos
20 anos, João Henrique já possui uma história na política e é
considerado sucessor natural do pai. Na última quinta-feira (14), um dos
primos de Eduardo Campos, Joaquim Pinheiro, disse a jornalistas que
estavam em frente à casa da família, no Recife, que João Henrique
reforçou o desejo pela manutenção do legado político do pai: "Perdi um
pai e um líder, mas tem de se dar um jeito para que a bandeira dele não
caia, porque os ideais dele são o futuro do Brasil."
Filiado
ao PSB, que tinha o pai como presidente nacional, o jovem se orgulha de
ter "participado de todos os grandes movimentos conduzidos pelo partido,
com destaque para as vitoriosas campanhas do ex-governador Eduardo
Campos", conforme escreveu em comunicado que declinava o convite para
candidatura à Juventude do PSB. Como exemplos de seu engajamento, ele
cita as eleições de 2006 e 2010, quando o pai concorria para governador e
João Henrique tinha apenas 12 e 16 anos, respectivamente; e a campanha
do prefeito Geraldo Julio, em 2012, quando João tinha 18 anos.
Análise: Perto da velha política, Eduardo Campos pregava a renovação
Descrito
por pessoas que estiveram com João e o pai em agenda política como um
rapaz articulado, inteligente e capaz de conversar com fluidez sobre
assuntos áridos da política e da economia, João é estudante de
engenharia civil na Universidade Federal de Pernambuco, onde também
cursam a graduação seus irmãos Pedro (engenharia civil) e Maria Eduarda
(arquitetura).
Aos
20 anos, ele cursa engenharia civil da Universidade Federal de
Pernambuco; aos estudos, concilia a militância pelo PSB, partido ao qual
é filiado (14.08)
Sobre
o ingresso oficial na política em idade tão precoce, ele costuma
responder que prefere se dedicar aos estudo e esperar para conquistar a
experiência que lhe permitiria "assumir o grande desafio que é o de
defender o legado de Miguel Arraes e Eduardo Campos". "Só farei
isso (me candidatar) quando entender que estou pronto, respeitando todos
os processos democráticos de escolha. Apresentarei meus argumentos e
espero ser reconhecido pelos meus méritos e não pelas minhas ligações
familiares", complementou no mesmo texto.Avô
de Campos e bisavô de João Henrique, Miguel Arraes é um líder histórico
da política brasileira, oposicionista ferrenho ao regime militar e
governador de Pernambuco por três mandatos.
Candidatura a deputado adiadaNo
início deste ano, João chegou a ser cotado como candidato a deputado
federal pelo PSB, mas as especulações chegaram ao fim após uma confusão
familiar envolvendo sua prima, a vereadora Marília Arraes, também
filiada ao PSB. Na ocasião, ela acusou a cúpula do partido de impor aos
correligionários a candidatura de João Henrique.Cientista
político da Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan diz que
João Henrique é "sucessor de uma oligarquia política de Pernambuco".
Suas críticas, no entanto, encontram um limite no preparo que um
herdeiro de família com raízes na política conquista desde o berço. "O
jovem, que ao entrar na política já tinha um ambiente familiar
propício, chega moldado. Ele não teria essa experiência política de
outra forma, já que não há curso ou escola para se aprender política. Os
contatos e as oportunidades desde cedo são muito importantes", avalia.
"A questão da família não é de todo mal. O problema é a falta de
rotatividade."Cenário: PSB tenta superar divergências e decidir destino de Marina SilvaZaidan
lembrou ainda que o próprio Eduardo Campos iniciou seus compromissos
políticos aos 13 anos, quando foi militante do movimento estudantil e
acompanhava o avô, Miguel Arraes.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
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